A cerimónia de encerramento e entrega de prémios conta ainda com performances ao vivo, leilão animado, jantar e festa.

PERFORMANCES

“CONTIGO” – PERFORMANCE DE MASTRO-CHINÊS COM MÚSICA

João Paulo Santos

Um plateau descoberto, alguns objectos, um mastro e um corpo, sobretudo. Criado para o Festival d’Avignon, este solo mistura mastro-chinês e dança num desempenho visual fascinante. Dois artistas portugueses, João Paulo Santos, acrobata virtuoso no mastro chinês e Rui Horta, coreógrafo, confrontam o universo singular que alimenta um e outro. Das suas distintas apreensões do corpo e das suas ligações comuns às coisas nasceu “Contigo”. Entre o céu e a terra, João rebenta com a sua raiva e o seu virtuosismo mas também mostra o esgotamento e a solidão do artista.

PERFORMANCE INÉDITA – MASTRO-CHINÊS, ANIMAÇÃO E MÚSICA AO VIVO

João Paulo dos Santos (performance mastro-chinês) & Ícaro Pintor (animação e som ao vivo)

Após aceitarem o desafio lançado pela Casa da Animação, João Paulo dos Santos e Ícaro Pintor unem-se para uma micro-performance idealizada, construída e executada exclusivamente para a Cerimónia de Encerramento da Festa Mundial da Animação 2018. Os dois artistas começaram a ensaiar, in loco, no dia 29 de Outubro e apresentam ao público, neste dia, o resultado dessa unificação entre as áreas artísticas de ambos. Como resultado veremos uma performance única, multidisciplinar, onde as artes circenses através do mastro chinês se fundem com a liberdade de Ícaro criar sonoridades e animar formas abstractas num ritmo fluído e cúmplice.

ENTREGA DE PRÉMIOS

Entrega do Prémio Nacional da Animação aos filmes vencedores nas diferentes categorias: Profissionais, Escolas, Oficinas e, ainda, ao filme vencedor do Prémio do Público.

LEILÃO ANIMADO

O leilão serve para apoiar ao financiamento de um novo projecto de cinema de animação (as receitas na totalidade para este projecto).

JANTAR & FESTA DE ENCERRAMENTO

A Casa da Animação convida todos os que possibilitaram que esta edição da Festa Mundial da Animação 2018 acontecesse – co-financiadores, apoios municipais, locais e institucionais, rede nacional de parceiros, convidados, staff, formadores e participantes – a que se juntem para o grande jantar e festa oficial de encerramento, a decorrer na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Portalegre.

Sobre os artistas e o apresentador.

JOÃO PAULO SANTOS
João Paulo Santos é um artista circense português especializado no mastro chinês. Estudou na escola de artes circenses, Chapitô, em Lisboa, Portugal. Foi depois para França, onde continuou os estudos na escola secundária circense ENACR e CNAC onde concluiu os estudos em 2004. Em 2005 criou a sua própria companhia chamada “O Último Momento” com o músico Guillaume Dutrieux e criou o seu primeiro espectáculo “Peut-être”. Inventou uma nova forma de praticar mastro chinês e foi rapidamente considerado um mestre pelo seu modo tão peculiar de se exprimir no mastro chinês onde mistura, dança, acrobacia, vídeo e sentimento.

Até à data, João Paulo dos Santos criou 5 espectáculos e 2 performances curtas como “Contigo” que foram apresentadas em todo mundo durante mais de 10 anos. O último, criado em Março de 2017, é um novo solo “Mundo Interior”, com o realizador Português João Garcia Miguel. Com efeito, João Paulo dos Santos mantém um forte vínculo com o seu país de origem, Portugal, onde é considerado um pioneiro no campo do circo contemporâneo. João Paulo Santos é também videógrafo e recebe com regularidade convites para ensinar ou para encenar espectáculos. A companhia O Último Momento foi criada em 2004 por João Pereira dos Santos e Guillaume Dutrieux (músico francês). Em 2005 criaram o primeiro espectáculo chamado “Peut-être”. Espectáculo que foi apresentado mais de 50 vezes por toda a Europa e sudoeste Asiático. A última apresentação foi em 2009.

Em 2006, a companhia também criou um espectáculo chamado “Contigo” para o FestivalIN d’Avignon, no contexto do Les Sujets à Vif – SACD. Este foi um projecto a solo escrito por João Pereira dos Santos e o coreógrafo Rui Horta. O espectáculo fez mais de 100 apresentações na Europa, Ásia, África e América e actualmente ainda continua com apresentações. Em Maio de 2009, a primeira actuação de “Vertigem” aconteceu em Portugal. Esta forma abreviada do solo foi o prenúncio da seguinte apresentação que foi concluída em Janeiro de 2010 em dueto com Guillaume Amaro. Esta apresentação chamada “A deux pas de là-haut” introduziu um novo instrumento desenvolvido por Paulo dos Santos: o Stick-pole. O espectáculo esteve em tourné por todo o mundo até 2016. O ano de 2015 foi um ponto de viragem com a criação “Abril”, um dueto com a primeira artista feminina da companhia, Elsa Caillat, e com o aparecimento de um novo instrumento, a corda aérea. Muito imbuída nas paisagens e energia portuguesas, “Abril” é uma peça contemplativa cheia de uma energia doce e sensual.

Em 2017, a companhia enfatiza a sua inscrição em território Português com a co-criação de “Mundo Interior” com o director João Garcia Miguel. A sensitiva e poderosa apresentação fez a sua estreia em Março de 2017 em Portugal.

Isaque Ferreira

Isaque Ferreira nasceu no Porto, 1974. Bibliófilo. Leitor de poesia. É uma das vozes mais assíduas nas “Quintas de Leitura” do Teatro do Campo Alegre, no Porto. Coordena diversas propostas em que a poesia assume papel cimeiro, destacando-se os “Ciclos de Música e Poesia” da Fundação Cupertino de Miranda, a “Oficina Locomovente da Poesia” para os Encontros Mário Cesariny (ambos em V.N. Famalicão), a “Poesia na Relva” no Festival de Paredes de Coura e “três vozes transeuntes nas ruas da poesia” para o Correntes d’Escritas, na Póvoa de Varzim. Integra os colectivos poéticos “Caixa Geral de Despojos” e “Stand Up Poetry”. Responsável pelo Laboratório de Poesia “para que alguns a possam amar”. É programador do “REALIZAR:poesia”, evento anual de atitudes poéticas, em Paredes de Coura. Curador das exposições “Mil Anos Me Separam De Amanhã – viagem ao universo de Mário de Sá Carneiro no centenário da sua morte”, em Paredes de Coura, e “Reencontro com Virgílio Ferreira” para a Feira do Livro do Porto. Participa nos filmes “Terceiro Pano” de João Filipe Jorge, “Dia de Visita” e “Bicicleta” de Luís Vieira Campos, “As Cartas do Rei Artur” sobre Cruzeiro Seixas, de Cláudia Rita Oliveira e “Decrescente” de Saguenail. Para o documentário “Laureano Barros – rigoroso refúgio” coordenou a investigação e argumento. Director artístico de “Biblioteca Vertical – Homenagem a Laureano Barros”.

Para o livro de divulgação científica “Esses Ossos”, de Catarina Ginja, compôs a selecção de poemas. Está a ler.